segunda-feira, 26 de julho de 2010

INSTITUÇÕES SOCIAIS

Instituição social é o conjunto de regras e procedimento padronizados, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade e que têm grande valor social. São os modos de pensar, de sentir e de agir que a pessoa encontra preestabilidade e cuja mudança se faz muito lentamente, com dificuldade.
As instituições sociais são entidades que congregam várias dessas formas de comportamento estabelecidas, organizando-as de forma recíproca, hierárquica e com um objetivo comum.
As principais instituições sociais são: a instituição familial, a instituição educativa, a instituição religiosa, a instituição jurídica, a instituição econômica e a instituição política.
3.1 A família
A família é o primeiro grupo social a que pertencemos. É um tipo de agrupamento social cuja estrutura em alguns aspectos varia no tempo e no espaço. Essa variação pode ser quanto ao número de casamentos, quanto á forma de casamento e quanto ao tipo de família e autoridade.
A família pode ser classificada em dois tipos básicos: família conjugal ou nuclear e família consangüínea ou extensa.
Família conjugal ou nuclear é o grupo que reúne o marido, a esposa e os filhos. Família consangüínea ou extensa é a que reúne, além do casal e seus filhos, outros parentes, como avós, netos, genros e noras.
Podemos citar como funções principais da família: função sexual, reprodutiva, econômica e educacional. As duas primeiras garantem a satisfação das necessidades sexuais dos cônjuges e perpetuam, pelo nascimento dos filhos, a espécie humana. A função econômica assegura os meios de subsistência e bem-estar. A função educacional é responsável pela transmissão á criança dos valores e padrões culturais da sociedade. A família é a primeira agência que socializa a criança.
3.1.1 Autoridade
Quanto á autoridade, a família pode ser:
- Patriarcal – se a figura central é o pai, possui autoridade de chefe sobre a mulher e os filhos.
- Matriarcal – em que a figura central é a mãe, havendo, portanto predominância da autoridade feminina.
- Nuclear ou Igualitária – onde a autoridade pode ser mais equilibrada entre os cônjuges, dependendo das situações, ações ou questões particulares.
3.1.2 União e casamento
Nas sociedades, em geral, há duas formas de relações entre os sexos: união e casamento.
União consiste no ajuntamento de indivíduos de sexos opostos sob a influencia do impulso sexual. Os cônjuges são chamados de “amigados“, “amaciados”, etc... A união pode ser temporária, frouxa (com divorcio fácil), ou indissolúvel (sem divórcio, com ou sem desquite).
O Concubinato é um tipo de união. Consiste na união livremente consentida, estável e de fato, entre um homem e uma mulher, mas não sancionada pelo casamento.
O Matrimônio ou casamento é o método de uma família elementar diferente daquela em que nasceu. Assim, em cada sociedade, um adulto, um normal pertence a duas famílias nucleares: a de orientação (onde nasceu) e a de procriação (que constituiu). Na primeira, ele é filho e irmão; na segunda, marido e pai.
O matrimonio cria novas relações sociais e direitos recíprocos entre os cônjuges e entre cada um deles e os parentes do outro. Estabelece, também, direitos e status dos filhos.
Em relação ao numero de cônjuges, os casamentos podem ser monogâmicos ou poligâmicos. A Monogamia consiste no casamento de um homem ou uma mulher com apenas um cônjuge, como ocorre na sociedade ocidental. A Poligamia consiste no casamento do homem ou da mulher com dois ou mais cônjuges.
3.1.3 O aparelho ideológico da família
Queiramos ou não, a família recebe grande influência do modo de reprodução em que está inserida. As relações básicas duma sociedade irão influenciar. Direta ou indiretamente, a estrutura familiar.
No modo de reprodução capitalista, a família que não é consciente, que não se vigia, prepara os elementos para a produção, forma cidadãos de acordo com as necessidades do sistema.
No exame da maioria de nossas famílias percebe-se que elas reproduzem relações de poder da sociedade em que vivem.
As relações de dominação se estabelecem por dois critérios:
1- O critério de idade: quem é mais velho, pode mais e sabe mais.
2- O critério sexo: o homem manda mais que a mulher. Para os homens são permitidos certos comportamentos, certas regalias que de nenhuma maneira são permitidos a mulher. Dentro do processo de socialização primaria, o menino já é educado diferentemente, para ser “o chefe”, para decidir, tomar iniciativa. A menino vai cuidar das coisas de casa, vai “servir” ao marido, cuidar das crianças. Mais uma vez as diferenças sexuais servem para a reprodução das relações de dominação, pois quando se chegar ao trabalho, teremos novamente essas diferenças já consagradas e legitimadas. No trabalho, a mulher, como regra, vai receber menos, mesmo que faça o mesmo trabalho que o homem.
3.2 A ESCOLA
Pode-se dizer que a escola, instituição social destinada à educação das novas gerações, compreende dois focos de atuação, instrucional e formativa. A instrução refere-se à transmissão de conhecimentos, de técnicas e de habilidades, legados históricos considerados socialmente relevantes. A formação compreende ações interracionais, voltadas para aspectos constituintes da personalidade moral (construção de valores) dos indivíduos, visando a convivência social. Essa formação deve considerar valores e práticas relevantes na sociedade.
Segundo Pérsio dos Santos “a escola é instituição social especificamente organizada para transmitir aos jovens os conhecimentos, as normas de comportamento e a herança cultural, de modo a integrá-los na sociedade em que vivem; é a instituição social destinada a transmitir a educação de forma sistemática”.
No site do INEP encontramos a seguinte definição: "Instituição que se propõe a contribuir para a formação do educando como pessoa e como membro da sociedade, mediante a criação de condições e de oportunidades de ampliação e de sistematização de conhecimentos." (DUARTE,S.G. DBE, 1986)
2.3.1 A origem da escola
No início, as escolas aparecem para satisfazer os anseios e os interesses da aristocracia. Não é sem razão que a palavra escola significava “lazer”. O vocábulo escola vem do grego skole, que quer dizer ócio, isto é, tempo livre das ocupações; latinizando, o termo ficou schola. Originalmente, a escola era o lugar onde as pessoas de posse davam-se ao luxo de fazer exercícios intelectuais, sem visar a outros resultados que não o enriquecimento mental, para mais fácil separação das pessoas com posição social mais baixa. A educação sistemática era privilégio de poucos. No entanto, a situação mudou com os ideais democráticos da Revolução Francesa (1789), que foram difundidos. A escola passou a ser direito de todos.

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